A sigla MPB, nos dias de hoje ainda sendo digerida com seus inúmeros contextos, pode ser identificada como sendo uma das maiores manifestações artísticas brasileiras.
É verdade que a Música Popular Brasileira sofre influências das mais variadas formas de música. Como a Bossa Nova, por exemplo, que surgiu em meados dos anos 50, do interesse pelo jazz americano e pela música erudita por parte dos jovens compositores a fim de unir a alegria do gingado brasileiro com as melodias muito bem elaboradas das já citadas influências.
Dando uma breve pincelada nos dados históricos dos caminhos da MPB vemos os anos dourados da Bossa Nova, as atitudes rebeldes intelectualizadas de compositores e intérpretes da década de 60, e ao mesmo tempo as longas cabeleiras e guitarras elétricas da Jovem Guarda. Isso sem contar nas metáforas do Tropicalismo que mudaram os jovens brasileiros da época. Definitivamente, todo este percurso se deu em menos de 20 anos o que pode ser considerado um tempo recorde uma vez que passos tão importantes para a cultura musical de um país fora dado em meio a um turbilhão de problemas políticos e cíveis.
Uma das épocas mais comentadas até hoje é sem duvida a época da Ditadura Militar (meados de 1960) e a censura junto a musica popular brasileira.
Letras impecáveis aliadas a melodias ainda melhores, exílios e ameaças compunham o cenário caótico dos compositores da época. É de comum acordo que a música desta época não poderia sobreviver a tanta pressão, o que de fato não aconteceu. Os protestos feitos através das mensagens subliminares nas letras emocionam até hoje os que vivenciaram a época de chumbo. Eram reprimidos aqueles que ousavam denunciar o governo abertamente em suas musicas (neste caso), porém eram reverenciados aqueles que com maestria driblavam a censura falando de amor quando expunham o asco pela política atual metaforicamente.
Com as conturbações óbvias, a criatividade vetada e as exigências intelectuais das musicas de protesto, estas começaram a perder forças dando inicio a uma nova era: O Tropicalismo. Nascido em São Paulo e formado por um grupo de cantores e compositores liderados por Caetano Veloso, Gilberto Gil, o maestro Rogério Duprat e o poeta Torquato Neto, o movimento se iniciou com Alegria, alegria de Caetano Veloso ao se aventurar com a composição em um dos famosos festivais da época. Isto fora um marco na história da música uma vez que as guitarras elétricas e o “iê-iê-iê” invadiam o tradicionalismo musical.
Foi então no início de 1969, que o Tropicalismo viveu seus últimos momentos. Nesta época também se deu o fim dos festivais, pois já não eram mais novidade e por isso saturou-se, e, em suma, não poderiam mais usar o discurso “político-cultural” vetado pelo então governo Médici.
Após tantos percalços o que se vê nos dias de hoje na MPB pode ser chamado de miscigenação cultural.
Parafraseando Belchior, “depois deles não apareceu mais ninguém”. Frase tipicamente usada pelos aficionados ao velho e displicentes ao novo. O que hoje, então, pode ser chamado de MPB? Musica genuinamente brasileira (aliada a influencias de outras nacionalidades, claro)? O funk carioca é MPB? Marisa Monte é MPB? A rockeira melodiosa Ana Carolina, é MPB? Chico Buarque com sua intelectualidade preservada é MPB?
Da mesma forma que a Bossa Nova perdeu seu valor na época dando espaço a MPB e em seguida ao Tropicalismo, a sigla tão visada, hoje perde a identidade juntamente com a vergonha. Qual será a nova conotação que surgira para a música brasileira? Hoje, com pouco esforço, consegue-se até ver Caetano Veloso no programa do Faustão babando no grupo carioca “Bonde do Faz Gostoso”. Contraditório não?!
É verdade que a Música Popular Brasileira sofre influências das mais variadas formas de música. Como a Bossa Nova, por exemplo, que surgiu em meados dos anos 50, do interesse pelo jazz americano e pela música erudita por parte dos jovens compositores a fim de unir a alegria do gingado brasileiro com as melodias muito bem elaboradas das já citadas influências.
Dando uma breve pincelada nos dados históricos dos caminhos da MPB vemos os anos dourados da Bossa Nova, as atitudes rebeldes intelectualizadas de compositores e intérpretes da década de 60, e ao mesmo tempo as longas cabeleiras e guitarras elétricas da Jovem Guarda. Isso sem contar nas metáforas do Tropicalismo que mudaram os jovens brasileiros da época. Definitivamente, todo este percurso se deu em menos de 20 anos o que pode ser considerado um tempo recorde uma vez que passos tão importantes para a cultura musical de um país fora dado em meio a um turbilhão de problemas políticos e cíveis.
Uma das épocas mais comentadas até hoje é sem duvida a época da Ditadura Militar (meados de 1960) e a censura junto a musica popular brasileira.
Letras impecáveis aliadas a melodias ainda melhores, exílios e ameaças compunham o cenário caótico dos compositores da época. É de comum acordo que a música desta época não poderia sobreviver a tanta pressão, o que de fato não aconteceu. Os protestos feitos através das mensagens subliminares nas letras emocionam até hoje os que vivenciaram a época de chumbo. Eram reprimidos aqueles que ousavam denunciar o governo abertamente em suas musicas (neste caso), porém eram reverenciados aqueles que com maestria driblavam a censura falando de amor quando expunham o asco pela política atual metaforicamente.
Com as conturbações óbvias, a criatividade vetada e as exigências intelectuais das musicas de protesto, estas começaram a perder forças dando inicio a uma nova era: O Tropicalismo. Nascido em São Paulo e formado por um grupo de cantores e compositores liderados por Caetano Veloso, Gilberto Gil, o maestro Rogério Duprat e o poeta Torquato Neto, o movimento se iniciou com Alegria, alegria de Caetano Veloso ao se aventurar com a composição em um dos famosos festivais da época. Isto fora um marco na história da música uma vez que as guitarras elétricas e o “iê-iê-iê” invadiam o tradicionalismo musical.
Foi então no início de 1969, que o Tropicalismo viveu seus últimos momentos. Nesta época também se deu o fim dos festivais, pois já não eram mais novidade e por isso saturou-se, e, em suma, não poderiam mais usar o discurso “político-cultural” vetado pelo então governo Médici.
Após tantos percalços o que se vê nos dias de hoje na MPB pode ser chamado de miscigenação cultural.
Parafraseando Belchior, “depois deles não apareceu mais ninguém”. Frase tipicamente usada pelos aficionados ao velho e displicentes ao novo. O que hoje, então, pode ser chamado de MPB? Musica genuinamente brasileira (aliada a influencias de outras nacionalidades, claro)? O funk carioca é MPB? Marisa Monte é MPB? A rockeira melodiosa Ana Carolina, é MPB? Chico Buarque com sua intelectualidade preservada é MPB?
Da mesma forma que a Bossa Nova perdeu seu valor na época dando espaço a MPB e em seguida ao Tropicalismo, a sigla tão visada, hoje perde a identidade juntamente com a vergonha. Qual será a nova conotação que surgira para a música brasileira? Hoje, com pouco esforço, consegue-se até ver Caetano Veloso no programa do Faustão babando no grupo carioca “Bonde do Faz Gostoso”. Contraditório não?!